quarta-feira, 15 de junho de 2011

Memória e qualidade de vida

Segue um texto com as principais ideias apresentadas na palestra "Tecendo histórias nas oficinas de memória" que aconteceu hoje no Espaço Vivência.

A memória, segundo  estudos, é a base do conhecimento e pode ser definida como uma faculdade de representar o passado, o que nele foi aprendido,  vivido e principalmente,  sentido. É através dela que damos significado ao nosso cotidiano e acumulamos experiências que serão utilizadas durante a vida. A memória,  por sua importância, deve ser trabalhada e estimulada em todas as fases da   vida, principalmente no envelhecimento.

As Oficinas da Memória não se caracterizam como espaços psicoterapêuticos, mas tem como objetivo, promover o encontro de pessoas idosas,  em um espaço  acolhedor e ético, com ênfase na partilha e  escuta de suas histórias,  que entrelaçadas, revelam um universo com identificações e emoções próprias do viver humano. Através de atividades em grupo, do estimulo e evocação de lembranças significativas, os idosos contam, organizam e escrevem   suas histórias de vida, utilizando as narrativas autobiográficas e reflexões acerca dos diversos momentos de vida  vividos e sentidos A partir destes relatos e de seu registro posterior em recursos audiovisuais, os idosos, ao final desta atividade,  compõe um caderno de memórias, onde estão contempladas suas lembranças e as de seus colegas de grupo. Tal registro poderá também propiciar uma aproximação intergeracional, podendo ser compartilhado com as famílias de cada idoso, sendo suas histórias um legado para seus dependentes.

As Oficinas da Memória, oferecem aos idosos a oportunidade de rememorarem  e ressignificarem  suas histórias de vida, resgatando assim sua auto-estima, identidade e favorecendo o sentimento de pertencimento social.

(Anna Elizabeth Luyten – Psicóloga e Maria Madalena Bicudo Araujo – Assistente Social) - Equipe Aprender Cuidare
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